Sobre mim
Antes de qualquer título profissional, sou pessoa. Tenho multidões em mim e, a cada mergulho no meu universo interno, descubro novas facetas. Integrar minhas experiências descobrindo meu próprio referencial, me ajuda a viver de forma mais leve, presente e coerente com meus valores. Minha escolha diária é olhar para dentro, reconhecer meus abismos e me relacionar com eles com curiosidade, em vez de resistência.
Acredito que essas práticas me fortalecem para estar ao lado de quem também atravessa suas profundezas. Ser companhia nesses processos é um privilégio. O que me move é a confiança de que todos têm condições de encontrar caminhos que façam sentido para suas vidas.
Vejo a vida como movimento e ciclos. A flexibilidade dos bambus me inspira a dançar com os ventos sem quebrar. As estações me lembram da sabedoria de nascer e morrer em vida, dando espaço a novas versões de nós. O voo dos pássaros me recorda a importância de uma perspectiva ampliada.
Ao mesmo tempo, compreendo que é no contato íntimo com os sentimentos, inclusive os difíceis, que reside a possibilidade de aprender com a própria história. Cada emoção é uma mensageira, pedindo para ser reconhecida.
Nos últimos anos, ao me aprofundar na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), venho experimentando em mim e junto às pessoas que atendo a prática da flexibilidade psicológica: a capacidade de acolher experiências internas (pensamentos, sentimentos, sensações, memórias...) com abertura, presença e comprometimento com o que verdadeiramente tem valor.
Essa forma de viver, ainda em construção, me lembra diariamente que saúde não é ausência de dor, mas a habilidade de nos transformarmos em meio às mudanças da vida. Para mim, viver é uma abertura infinita ao vir-a-ser.
Vejo poesia no cotidiano e encontro na arte uma linguagem que transcende a literalidade, seja pela pintura, desenho, canto, dança, macramê, crochê...A arte me acompanha desde a infância e segue sendo uma forma de traduzir o indizível.
Acredito que o amor, em todas as suas formas, tem potência transformadora. Ele começa no íntimo de cada um e se expande para o mundo.
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Trajetória
Como psicóloga clínica, acompanho pessoas em seus processos de psicoterapia.
Meu ponto de partida foi a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) — meu primeiro grande encantamento e base sólida para tudo o que construí depois. Aprofundei os estudos nessa abordagem em uma formação teórico-vivencial no Centro de Psicologia Humanista (CPH MINAS), como monitora da disciplina sobre ACP na faculdade e integrante de um grupo de estudos dedicado ao tema no Instituto Humanista de Psicoterapia (IHP). Esse envolvimento me trouxe reconhecimento acadêmico e, sobretudo, um aprendizado humano profundo.
Com o tempo, meu olhar se ampliou. Hoje, além da ACP, sigo caminhos que se entrelaçam e se complementam:
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Focalização (Focusing): pela qual me formei no Instituto Brasileiro de Focusing (IBF), tornando-me Certified Focusing Professional e Focusing Trainer credenciada pelo The International Focusing Institute (NY).
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Arteterapia: em que realizei uma pós-graduação de dois anos na Integrarte.
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Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT): na qual curso atualmente uma pós-graduação.
A ACT me inspira profundamente por cultivar a capacidade de estar presente, acolher emoções difíceis e agir com consciência, mesmo quando há dor. Ela propõe uma prática viva que integra aceitação, desfusão cognitiva, presença, self como observador, valores e ação comprometida, todos a serviço de uma vida mais significativa e coerente com o que realmente importa. Mais do que eliminar o sofrimento, a ACT nos convida a mudar a forma como nos relacionamos com ele, abrindo espaço para que possamos viver de modo mais pleno e verdadeiro.
Antes da Psicologia, minha primeira graduação foi em Design Gráfico (UEMG, 2010). Sempre me encantei pelo processo criativo, mas sentia falta de algo essencial: relações com mais profundidade. Ainda assim, esse percurso deixou marcas importantes. Nos trabalhos de identidade visual e consultorias em branding, o que mais me interessava eram as conversas de briefing, quando eu perguntava:
“Se sua empresa fosse uma pessoa, como você a descreveria?” Mesmo sem perceber, eu já buscava o humano.
Durante quase dez anos, atuei como autônoma no campo da criação e branding e participei de projetos de gestão empresarial em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e no exterior. Mais tarde, ingressei na coordenação de marketing de uma clínica de medicina reprodutiva. Foi ali que descobri minha paixão pelo campo da saúde. Logo depois, iniciei minha segunda graduação, em Psicologia (FUMEC), e encontrei o que tanto procurava: um espaço onde ciência, arte e humanidade dialogam para favorecer o florescimento da vida.
